segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Terroristas em Portugal

Fomos surpreendidos há dias pela notícia da detenção em Lisboa de 2 iraquianos suspeitos de terrorismo. Os detidos, dois irmãos de 32 e 34 anos de idade chegaram ao nosso país em 2017, vindos de um campo de refugiados na Grécia e depois de terem pedido asilo a Portugal. Pelos vistos, foram logo levantadas suspeitas e os dois passaram a ser monitorizados pela Polícia Judiciária, pois são suspeitos de terem praticado crimes violentos no Iraque.

Dias depois, a notícia incrível das fotografias do Presidente da República e do 1.º Ministro tiradas no Restaurante onde os suspeitos trabalhavam. Segundo palavras do próprio Presidente obviamente que ele não conhece o “cadastro” de todos aqueles com quem é fotografado, mas o suspeito estava identificado, era seguido pelas autoridades, a equipa de segurança do Presidente devia ter sido alertada. Acho eu. Provavelmente acho mal, eu percebo pouco de questões de segurança.

Já em tempos, António Costa escrevia no Twitter que “Portugal tem sido exemplar no acolhimento a refugiados, O restaurante Mezze, em Lisboa, da associação PãoaPão, com a sua equipa do Médio Oriente, é prova da integração bem-sucedida.” Não duvido do exemplo de Portugal e da necessidade de acolher pessoas oriundas de outros países, desde que venham para o nosso país para trabalhar e para se integrar, à semelhança dos milhares e milhares de portugueses espalhados pelo mundo, no entanto neste caso Portugal esteve mal, muito mal. Se quando cá chegaram já eram suspeitos de terrorismo, a solução era simples, não lhes era permitida a entrada no país. Mas Portugal é tão bonzinho que pelos vistos ainda lhes pagava alojamento e dava uma pensão. Veja-se o que aconteceu há alguns dias na Nova Zelândia, um terrorista, perdão, suspeito, era monitorizado pela polícia 24 horas por dia, não o podiam prender pois era apenas suspeito, até ao dia em que esfaqueou 6 pessoas num supermercado, sendo abatido de seguida.

Por falar em terrorismo, eis que não posso deixar passar em claro a atuação do Sr. Dr. Juiz* Rui Fonseca e Castro. Este senhor está suspenso de funções e à entrada do Conselho Superior de Magistratura teve uma atitude de desafio e total falta de educação para com as forças policiais que simplesmente lhe pediram que colocasse uma máscara. Insurgiu-se contra as autoridades tentando rebaixar os agentes e afirmando ser o seu lugar acima de todos. O agente visado manteve uma postura educada e correta, fazendo logo prova de que de facto as posições de ambas na escala da educação são bem diferentes. Foi um momento em que eu, e se calhar alguns de vós, ansiaram por um bocadinho de violência policial, só um bocadinho, duas ou três bastonadas nunca fizeram mal a nenhum arruaceiro. Mas ainda bem que o agente manteve a calma, em Portugal os episódios de violência policial são raros, e até já aconteceu a polícia disparar sobre os bandidos e ainda ser condenada. Muito bem Sr. Agente. Mas a atuação do Sr. Dr. Juiz não fica por aqui, pouco depois acusou os membros do órgão que tutela os juízes de pertencerem a sociedades secretas e de inocentarem pedófilos. Dias depois, num vídeo colocado no Youtube, o Sr. Juiz chamou verme ao Ministro Eduardo Cabrita, acusando-o de ter dois homicídios às costas. Não me parece que haja mesmo outra solução que não seja a de expulsar este Sr. Juiz da magistratura, embora eu aproveite estas linhas que me restam para fazer uma sugestão: E que tal despachar este Sr. Juiz para o Brasil para ser entregue ao Presidente Bolsonaro!? Ainda o podia nomear Ministro da Justiça ou outra coisa qualquer! Como às vezes dizemos: “Só se estragava uma casa!”


* Como por certo os leitores já imaginam, o autor utiliza a expressão Sr. Dr. Juiz pois é assim que nos devemos referir aos mesmos. Neste caso, o autor escreve essas palavras mas no seu espírito ouvem-se outras, que obviamente não podem aqui ser reproduzidas.


Crónica publicada na edição 417 do Notícias de Coura, 21 de setembro de 2021.



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