terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Previsões para 2024

A minha primeira crónica do ano anterior intitulou-se, Habituem-se. Fazia referência às palavras de António Costa numa entrevista à revisão Visão, onde fazia um balanço de nove meses de governo, afirmava que os casos e casinhos eram criações da direita e exclamava que iam ser 4 anos, teriam de se habituar. Numa altura em que o povo já estava habituado, acabou por ser António Costa a demitir-se. Desta vez, decidi dedicar esta minha primeira crónica a fazer algumas previsões. Se acertar na maioria delas a primeira crónica de 2025 será uma ode à minha capacidade de previsão, se falhar, será um lamento e uma tomada de consciência de que, em Portugal, é melhor não fazer previsões.

Futebol: Apostei as minhas fichas no Sporting no início da temporada, e em condições normais creio que será campeão. Já o meu Chaves, a menos que haja um milagre de aparecimento de bons jogadores, voltará a descer de divisão. É triste, mas a jogar assim não merece estar na 1.ª divisão. Lá fora, os jogadores portugueses continuarão a brilhar nas melhores equipas da europa, Jorge Jesus será campeão e Ronaldo voltará a calar as bocas que insistem em dizer que está acabado!

Política Nacional: A menos que ocorra algum escândalo político que liquide Luís Montenegro ou Pedro Nuno Santos, as eleições vão trazer uma indefinição política que corre o risco de colocar nas mãos de André Ventura o poder de nem viabilizar governos à direita nem à esquerda. Outra alternativa curiosa, mas que tenho muitas dúvidas que aconteça, é o povo perceber que, e acreditando nas atuais tomadas de posição dos líderes políticos, o voto no Chega é inútil, pois não é aceite pela direita para formar governo. Por fim, e a avaliar pelas sondagens e pela forma habitual que os portugueses têm em votar, não me surpreenderia que o PS voltasse a ganhar as eleições e a formar uma geringonça com o Bloco de Esquerda. Não me parece que desta vez o PCP caia na armadilha.

Política Internacional: Os Estados Unidos da América vão eleger um novo Presidente. Usar o termo novo é uma forma de expressão! Se for reeleito Joe Biden, sucederá a ele próprio como o mais velho Presidente de sempre; se for reeleito Donald Trump, ficará provado que os americanos são mesmos de outro planeta, e cometerão uma loucura novamente.

Habitação: O novo ano não trará melhorias, as taxas de juro talvez só comecem a baixar a partir do 2.º semestre, alguns senhorios continuarão a encher-se de dinheiro e muitas famílias terão a corda na garganta cada vez mais apertada. Uma das causas disto é a entrada massiva de estrangeiros em Portugal. Não vou aprofundar este assunto agora, Lisboa é uma cidade onde a quantidade de estrangeiros começa a ser um problema de segurança e de desrespeito pelos mais básicos direitos humanos. Qualquer dia, escreverei uma crónica apenas sobre isto.

Saúde: A atual situação nalguns hospitais, e em especial nos serviços de urgência é vergonhosa. Não encontro melhor palavra. Não consigo perceber como é que um governo de esquerda, com maioria absoluta, e com as contas certas, não tem o bom senso de resolver este problema. Se o país se endividar a construir hospitais e a empregar médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar, nenhum português se indignará.

Guerras: Mais tarde ou mais cedo o apoio americano à Ucrânia acabará, e pouco depois a Rússia conseguirá tomar posse dos territórios que pretende. E se calhar, daqui a alguns anos os líderes políticos europeus voltarão a sentar-se à mesa com o sr. Putin. Mais abaixo, Israel só descansará quando liquidar o Hamas, e nessa altura a Palestina estará resumida a cinzas, como lhe convém.

Educação: Não tenho paciência para este tema. Um bom ano de 2024 a todos.


Crónica publicada na edição 470 do Notícias de Coura, 16 de janeiro de 2024