quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Verão quente

1- Marine Le Pen
Marine Le Pen fazia parte da lista de oradores da próxima Web Summit. Fazia. Agora já não faz. Foi “desconvidada”! A culpa foi do Bloco de Esquerda, que devidamente acompanhado pelo PCP se insurgiu pelo facto de um evento patrocinado pelo Estado Português proporcionar um palco de atuação para uma senhora apelidada de fascista, racista, e até nazi. Obviamente que ela não o admite, diz apenas ser nacionalista e querer uma França, dos Franceses. O Bloco de Esquerda, nomeadamente a sua líder Catarina Martins podia também ser mais interventiva quando por exemplo o seu parceiro de coligação, o PCP, defende regimes como a Síria e a Coreia do Norte, quando membros do seu partido defendem uma Lisboa para os Lisboetas e compram prédios de milhões de euros para alugar a turistas (esta habilidade do Robles dava uma crónica!), ou quando em 2017 a Banda do Exército atuou nas comemorações do Dia da Venezuela, num evento com “evidente conteúdo político”. Por fim, Catarina Martins esquece-se que não é boa prática calar as ideias que são contra aquilo que defendemos, o efeito costuma ser contrário. Quanto à ideia da organização em convidar a Senhora Le Pen, não creio que tivesse sido uma infeliz ideia, a celeuma que levantou acabou por dar ainda mais visibilidade ao evento, e ao nosso país, embora neste caso o saldo não tivesse sido positivo.

2 – Monchique
Infelizmente, Portugal continua a ser notícia por causa dos incêndios. Monchique andou a arder durante uma semana, foi o maior incêndio da europa e queimou quase trinta mil hectares. Felizmente, não se registaram vítimas mortais. Ainda assim, não me parece que António Costa tenha sido muito feliz quando falou em “sucesso da operação”, opinião contrária à do Presidente da Câmara de Monchique que afirmou “não haver razão nenhuma para falar em vitória, pois falhou tudo, desde o planeamento ao combate”.

3 – SPORTING
Infelizmente também, as trapalhadas e as confusões para os lados de Alvalade continuam. A culpa é de quem? Como já seria de esperar, Bruno de Carvalho. O homem não deixa de surpreender pela negativa. Primeiro aparece em Alvalade com uma decisão de um tribunal para assumir de novo a presidência, depois envia mensagens de incentivo e apoio aos jogadores antes de um jogo de futebol, assinando-a como: “o vosso presidente”. O homem não está bem, decididamente, não está. A bem da instituição Sporting, prendam-no, internem-no, paguem-lhe umas férias num país remoto… mas por favor tirem esta personagem de cena. Noutros tempos, a comunicação social já teria deixado de lhe dar tempo de antena, mas hoje em dia as audiências ganham-se com coisas destas, e ele sabe muito bem disso.

4 – FESTIVAL
Do Festival de Paredes de Coura não sobra muito para dizer. Foi um sucesso, é sempre, e provavelmente sempre será! Seja como for, há coisas a melhorar, e isso fica evidente nalguns vídeos e fotografias que se viram pelas redes sociais, e falo do estacionamento. Ficou evidente que Paredes de Coura não tem condições para receber milhares de viaturas. Ficou evidente também, que ninguém se coibiu de estacionar em todos os passeios que encontrou e até a Avenida de Cenon ganhou uma faixa de estacionamento a meio! Acredito que as autoridades não tenham tempo para multar toda a gente, mas que deviam multar alguns, isso deviam. Defendo que deve haver tolerância, sem dúvida, mas nenhum evento justifica que se suspendam determinadas regras.

Crónica publicada na edição 347 do Notícias de Coura, 11 de setembro de 2018.