terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Futebol e política


Pressionado pela minha obrigação de escrever agora para todas as edições* e na falta de melhores ideias, e de um tema sobre o qual eu seja capaz de escrever uma crónica inteira (excetuando o estado da educação, sobre o qual teria dificuldade em parar), vou redigir aqui umas quantas linhas sobre dois pequenos temas que estão sempre na moda, e sobre os quais todos somos capazes de “mandar uns bitaites”, futebol e política!

Futebol
Em fim-de-semana do dérbi da capital, o FC Porto começou cedo a fazer as contas! Se o Benfica perder com o Sporting podemos ficar mais próximos do 1.º lugar! O pior é que aconteceu tudo ao contrário, o Porto perdeu com o Braga e, para piorar, o Benfica foi ganhar ao Sporting. As contas do título estão quase despachadas, o Benfica só não será campeão se for incompetente como foi o Porto na época passada, o Porto ficará pelo 2.º lugar, embora o seu treinador insista em afirmar ter a certeza que vai ser campeão! Este discurso aparece sempre que a sua equipa não ganha! Para se tratar de “psicologia invertida” está a correr muito mal. O Sporting continua um bocado perdido, especialmente na “novela” Bruno Fernandes, é caso para dizer, “nem vende, nem deixa comprar”, e o valor do excelente jogador que é tem tendência a descer, o que é pena. Que me respeitem todos os sportinguistas, e vão respeitar os que interessam, todos os que conheço são mesmo boas pessoas, mas a cada dia que passa, jogar neste Sporting desvaloriza aquele que é sem dúvida um dos melhores jogadores portugueses da atualidade. O Sporting está a perder dinheiro, e não o devia fazer, para bem da instituição e do futebol português. Quem me conhece sabe da minha simpatia pelo FC Porto, mas por favor não me comparem à massa associativa, mais do que gostar de um clube, há que ser sério, e tento ser, por isso “arrisco a pele” a escrever sobre futebol. O meu clube de coração é o Grupo Desportivo de Chaves, não sou daqueles que é do Chaves e do Porto, serei sempre do Chaves. Ah… e sou sempre das equipas portuguesas quando os adversários são estrangeiros… sempre, sejam elas azuis, vermelhas, verdes ou de outra qualquer cor.

Política
Em fim-de-semana de congresso, o Livre viu ser apresentado uma proposta de votação com o objetivo de retirar a confiança política à deputada Joacine Katar Moreira. Aquilo que a seguir se viu foi… diferente. A deputada do Livre tomou a palavra, inflamou-se com as acusações e mesmo sem as rebater, gritou, e fez-se ouvir: MENTIRA! Quem a ouviu estranhou, a gaguez não se fez notar. No meu tempo diziam aos gagos que a melhor forma de ultrapassar essa limitação era cantarem. Nas próximas intervenções da deputada Joacine na Assembleia da República era bom que ela gritasse. E pode gritar à vontade, o Presidente Ferro Rodrigues decerto lho permitirá, caso não o fizesse, seria uma vergonha!
Em fim-de-semana de eleições, Rui Rio foi reconduzido como Presidente do PSD. Nada de novo. Montenegro foi mais uma vez derrotado. O PSD necessita urgentemente de acabar com as guerrilhas internas sob pena de continuar no caminho do desaparecimento, parecido com aquele que o CDS-PP percorreu! Mas não acredito que isso aconteça. O que estranho é que isso aconteça nestas circunstâncias. Normalmente há sempre um “assalto ao poder” quando começa a “cheirar a poder”, e o PS foi um exemplo disso quando António Costa “desafiou” António José Seguro por este ter “ganho por poucochinho”! Esta coisa da política deve ser mesmo tentadora, até em más condições há “100 cães a um osso”.

* Escrever em todas as edições do Notícias de Coura nunca será uma pressão, será sempre um desafio e um prazer, que aceitei com todo o gosto. Escrever é uma coisa que gosto, fazê-lo sobre pressão é fantástico. Fazer o que gostamos é bom, fazê-lo pressionado é estimulante e compensador. Só me resta que para os leitores não seja um sacrifício ter de me aturar agora em todas as edições!

Crónica publicada na edição 379 do Notícias de Coura, 28 de janeiro de 2020.

Sem comentários:

Enviar um comentário