terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Sei lá o que escrever!

Depois da última crónica ter sido escrita com uma antecedência nunca vista, voltei aos dias difíceis na escolha de assunto. Hoje é terça-feira dia vinte e quatro, o dia limite do envio do meu texto, já passa das oito da noite e aqui estou eu, em frente ao computador, e ao mesmo tempo em que escrevo estas linhas, estou atento a um Webinar sobre realidade virtual, vou tirando alguns apontamentos à mão, vou espreitando a página do jornal “A bola” para ver o resultado do Arouca-Sporting para a Taça da Liga, e, imaginem lá, ainda ando a navegar nalguns blogs com a esperança de encontrar um assunto que me inspire a escrever esta crónica e apagar estas linhas que acabei de escrever. (Como elas ainda aqui estão já perceberam, nada encontro que me salve!) Com isto, ajudo a provar que não, não é só a mulher que tem capacidade para realizar várias tarefas ao mesmo tempo! (Não sou eu que digo, é um estudo do Independent de 2018.)

Durante o dia de hoje fui tomando nota de algumas das coisas que poderia agarrar para cumprir esta minha obrigação. Lembrei-me de voltar a falar das estranhas coisas que se vão passando com alguns membros do governo. Desde o esquecimento de Pedro Nuno Santos de que afinal tinha autorizado o pagamento da indemnização de quinhentos mil euros à ex-administradora da TAP, Alexandra Reis (Só depois da senhora francesa que gere a TAP afirmar que tinha um documento escrito é que o ex-ministro Pedro Nuno foi rever a linha do tempo e encontrou as mensagens no WhatsApp!); da indignação do Ministro João Gomes Cravinho que diz não ter mentido quando afirmou que ninguém lhe solicitou autorização para a derrapagem no custo das obras do Hospital Militar de Belém! (Parece uma anedota: -“Senhor Ministro, queira vossa excelência saber que vamos ter de triplicar os custos desta obra, mas nem pense que lhe peço autorização!”); podia também escrever meia dúzia de linhas sobre as buscas que a Polícia Judiciária anda a fazer na Câmara de Lisboa mas não vale a pena, até porque o Diretor da PJ já garantiu que as buscas na Câmara de Lisboa não visam António Costa e Fernando Medina… enfim, quem me lê pensa que eu sou algum soldado do PSD, ou pior, do Chega, que estou sempre a falar mal do PS! Nada disso, como não tenho partido, e quando voto, voto nas pessoas, sinto-me na liberdade de falar mal (e às vezes bem) de todos. Quem está no governo é sempre um alvo fácil, e quanto mais disparates cometem mais interessantes se tornam. (Obviamente que como Professor teria muito a falar… e mal… mas fica para uma próxima oportunidade.)

(Caso não acreditem no primeiro parágrafo deixem-me que vos diga que o webinar já acabou, não só assisti e fiz as atividades como até já recebi e imprimi o certificado; o Sporting está ao intervalo a ganhar 1-0!)

Com esta conversa fui ganhando linhas, já estou na segunda página e já me falta pouco. E para comprovar a minha capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, acabei de publicar no Facebook duas fotografias minhas do Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo, tiradas lá do alto, no corno de bico, um dos sítios mágicos deste mundo que tive a sorte de conhecer. (São 21:30, podem ir ao meu Facebook e comprovar).

Prometo enviar a próxima com mais antecedência, até já está pensada, vai chamar-se “Os meus livros”, na qual gostava de partilhar algumas das obras cuja leitura deixou marcas na minha memória. Vivo numa casa recheada dos livros, chegou a hora deles servirem para mais alguma coisa que não seja só serem lidos e encherem estantes!

Assim termino, peço aos meus leitores o favor de me avisarem caso esta crónica tenha sido uma verdadeira chatice. Se o fizerem, não me volto a armar em herói e rendo-me ao mito de que se calhar, sendo homem, é mesmo melhor fazer só uma coisa de cada vez!


Crónica publicada na edição 448 do Notícias de Coura, 31 de janeiro de 2023.



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