1 – O azar de não ter eletricidade.
Um vendedor ambulante foi condenado a sete meses de prisão
domiciliária. Por azar, o homem não tem eletricidade legalizada em casa. Como
tal, não lhe pode ser colocada a pulseira eletrónica. Azar, vai passar os
fins-de-semana na prisão.
2 – Não se atrevam a filmar.
Num curso de formação da GNR, alguns formandos são agredidos
de tal forma num exercício, que muitos vão parar ao hospital. Um deles até tem
de ser operado. Alguém filmou. Mais do que a prova da violência na formação,
fica a ousadia de o ter feito. Foi processado o autor das filmagens.
3 – Boa sorte Sr. Dr. Juiz.
Um homem é filmado a agredir em plena via pública a mulher,
grávida. Ameaça quem se tenta aproximar. Entretanto, um agente policial à civil
consegue “pôr a criatura a dormir”, que depois é detida. Presente ao juiz, sai
em liberdade. Não me admirava nada que tal criatura ainda vá processar quem fez
as filmagens e quem o deteve. Quanto ao Sr. Dr. Juiz, que Deus lhe conceda uma criatura
semelhante como genro.
4 – Aplausos para o Bloco.
O Presidente de Angola esteve em visita oficial a Portugal.
Não vou entrar nas questões profundas sobre as cedências do nosso país no
arquivamento do caso Manuel Vicente, apenas considerar a visita de um chefe de
estado a Portugal. No Parlamento foi aplaudido, e não interessa se foi de pé ou
não. O Bloco de Esquerda não aplaude. Dias mais tarde, mais uma visita de
estado. Esteve cá o Presidente da China. O Bloco nem sequer apareceu. Já não
admira. O Bloco só aplaudiria se fosse um daqueles presidentes “nada ditadores”
da América do Sul.
5 – Um Ministério que não respeita quem tutela.
Ainda antes do Orçamento de Estado ser lei, já o Ministério
da Educação se apressava a chamar os sindicatos para cumprir a negociação. Não
foi surpresa que tivesse apresentado a mesma proposta que já tinha “escrito”
sobre a forma de lei e que dias mais tarde seria vetada pelo Presidente da
República. A falta de respeito com os professores é a imagem de marca deste
governo. Um governo que acha normal que os professores das regiões autónomas
tenham direitos diferentes dos professores do continente.
6 – Vozes de deputado não chegam ao céu.
O PAN, Partido Animais e Natureza, juntou-se a uma
iniciativa internacional por forma a que os portugueses deixem de usar
expressões populares com referências a maus-tratos animais. O PAN, pelo menos
para já, não o vai fazer por iniciativa legislativa, mas desde já sugere que
“pegar o touro pelos cornos” seja substituída por “pegar uma flor pelos
espinhos”. Eu acho que o PAN deveria avançar com a iniciativa legislativa já,
quem sabe se vai estar na Assembleia na próxima legislatura?! “Não deixes para
amanhã…”.
7 – Tanto fica por escrever.
Brexit; Bombeiros, Coletes amarelos; Estivadores; Greves;
Incêndios; Tancos; Ronaldo… enfim, tantos assuntos que dariam mais meia dúzia
de linhas para que esta crónica ficasse maior, mas, mais vale ficar por aqui.
Talvez 2019 venha a ser um ano tão normal que eu precise de temas para o
futuro.
Desejos sinceros de um excelente 2019 a todos!